Terça-feira,
1º de outubro, a polícia do governo Tarso desencadeou uma caça a militantes e
organizações do Bloco de Lutas (PSTU, PSOL, Centro Cultural Moinho Negro, entre
outros), nos moldes da ditadura militar. A ação policial constou de mandatos de
busca e apreensão na casa de militantes e sedes de organizações do Bloco de
Lutas, acusados de formação de quadrilha. Foram apreendidos computadores,
materiais de propaganda e livros. O pretexto seria uma investigação sobre
depredações ao patrimônio público ocorridas nas manifestações de junho. A
verdade é outra. Trata-se de uma campanha de intimidação e criminalização de
organizações do Bloco de Lutas que lhe fazem oposição. Não por acaso, essa
perseguição política ocorre após a expulsão dos militantes do PT desse Bloco e
após ato chamado pelo Bloco de Lutas “1000 dias de luto pelo governo Tarso e
contra a reforma do Ensino Médio Politécnico”. Na ocasião, já haviam sido
presos três professores acusados da depredação do Museu Júlio de Castilho e da
Catedral Metropolitana. Esses militantes nada tinham a ver com esses fatos e
foram presos muitas horas após os mesmos, sob a alegação cínica de flagrante
delito.
Desde o início do movimento da juventude,
depredações ao patrimônio público e privado são executadas pelos serviços
secretos dos governos federal e estaduais (SP, RJ, RS, entre outros) através de
agentes provocadores externos e internos ao movimento. Os governos burgueses do
PT, PMDB e PSDB tem sido cúmplices dessa farsa. São tradicionais as provocações
da burguesia para incriminar os movimentos sociais, a exemplo do Rio Centro.
Muitas evidências – depoimentos de manifestantes e relatos da imprensa –
apontam para a participação e cumplicidade dos aparatos secretos de repressão e
grupos fascistas com os atos de vandalismo. O fato de algumas organizações de
esquerda defenderem equivocadamente ações contra “os símbolos da burguesia” não
exime a responsabilidade maior dos órgãos governamentais. Os Fóruns de Lutas
pagam o preço de não discutirem os seus métodos de luta.
Temos diferenças políticas com o PSOL,
PSTU e outros acusados, mas os mesmos não são quadrilheiros, nem vândalos. São
organizações políticas. Estão sendo perseguidas, não por esses pretextos
mesquinhos, mas por participarem de um movimento legitimo. Métodos de quadrilha
são aqueles urdidos nos bastidores dos serviços de segurança. A tentativa de
intimidação dessas organizações atinge a todo o movimento da juventude e dos
trabalhadores, que não se deixará intimidar. É hora da unidade contra essa
repressão e de denúncia dos seus métodos truculentos e dissimulados.
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