sábado, 5 de outubro de 2013

ABAIXO A REPRESSÃO AO BLOCO DE LUTAS

        Terça-feira, 1º de outubro, a polícia do governo Tarso desencadeou uma caça a militantes e organizações do Bloco de Lutas (PSTU, PSOL, Centro Cultural Moinho Negro, entre outros), nos moldes da ditadura militar. A ação policial constou de mandatos de busca e apreensão na casa de militantes e sedes de organizações do Bloco de Lutas, acusados de formação de quadrilha. Foram apreendidos computadores, materiais de propaganda e livros. O pretexto seria uma investigação sobre depredações ao patrimônio público ocorridas nas manifestações de junho. A verdade é outra. Trata-se de uma campanha de intimidação e criminalização de organizações do Bloco de Lutas que lhe fazem oposição. Não por acaso, essa perseguição política ocorre após a expulsão dos militantes do PT desse Bloco e após ato chamado pelo Bloco de Lutas “1000 dias de luto pelo governo Tarso e contra a reforma do Ensino Médio Politécnico”. Na ocasião, já haviam sido presos três professores acusados da depredação do Museu Júlio de Castilho e da Catedral Metropolitana. Esses militantes nada tinham a ver com esses fatos e foram presos muitas horas após os mesmos, sob a alegação cínica de flagrante delito.
         Desde o início do movimento da juventude, depredações ao patrimônio público e privado são executadas pelos serviços secretos dos governos federal e estaduais (SP, RJ, RS, entre outros) através de agentes provocadores externos e internos ao movimento. Os governos burgueses do PT, PMDB e PSDB tem sido cúmplices dessa farsa. São tradicionais as provocações da burguesia para incriminar os movimentos sociais, a exemplo do Rio Centro. Muitas evidências – depoimentos de manifestantes e relatos da imprensa – apontam para a participação e cumplicidade dos aparatos secretos de repressão e grupos fascistas com os atos de vandalismo. O fato de algumas organizações de esquerda defenderem equivocadamente ações contra “os símbolos da burguesia” não exime a responsabilidade maior dos órgãos governamentais. Os Fóruns de Lutas pagam o preço de não discutirem os seus métodos de luta.
         Temos diferenças políticas com o PSOL, PSTU e outros acusados, mas os mesmos não são quadrilheiros, nem vândalos. São organizações políticas. Estão sendo perseguidas, não por esses pretextos mesquinhos, mas por participarem de um movimento legitimo. Métodos de quadrilha são aqueles urdidos nos bastidores dos serviços de segurança. A tentativa de intimidação dessas organizações atinge a todo o movimento da juventude e dos trabalhadores, que não se deixará intimidar. É hora da unidade contra essa repressão e de denúncia dos seus métodos truculentos e dissimulados.

                                                                          

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