Os
trabalhadores são chamados, mais uma vez, a votar nos seus inimigos. PT, PP, PSDB,
PMDB, PSB, entre outros, representam, em conjunto, os interesses do grande
capital. Todos estão comprometidos com a retirada dos nossos direitos. No nosso
Estado, tanto o governo Yeda quanto o governo Tarso aplicaram os planos do
Banco Mundial para a educação: a Reforma do Ensino Médio, as terceirizações, a
precarização do trabalho (vide contratos “emergenciais”) e a meritocracia.
Os
governos Lula/Dilma posam de progressistas, mas são tão entreguistas quanto foi
o de FHC, que entregou o patrimônio público a preço de banana ao capital
financeiro. A Frente Popular continuou a entregar o que sobrou do país,
principalmente, as reservas de petróleo. Marina Silva candidata do PSB/Rede
(ex-PT e ex-PV, de Zequinha Sarney) fala em sustentabilidade, mas a sua frente
eleitoral tem o apoio do latifúndio, divide o palanque ora com o PT, ora com o
PSDB, ou com o PMDB. Marina, quando ministra do governo Lula, endossou a sua
política de destruição da natureza. Trata-se de uma serviçal da burguesia
travestida de ecologista.
As candidaturas do PSOL/PSTU apresentam
um programa demagógico de reforma do capitalismo: a luta contra a corrupção, a
taxação dos lucros, o incentivo aos serviços públicos, etc. Vendem ilusões. O
PSOL é um partido dominado por agentes da burguesia (o senador Randolfe
Rodrigues é um aliado de José Sarney), e financiado por ela (Gerdau, Zaffari,
etc.). O seu programa reformista é apenas “caça votos”. Uma vez no poder, jogaria
o seu reformismo na lata do lixo em nome dos interesses dos seus
patrocinadores. A sua campanha pela moralização da política é demagógica,
porque a corrupção é inerente ao capitalismo. A luta pelo socialismo, que não
faz parte da sua política, é a única forma coerente de combate à corrupção. Luciana
Genro é uma candidata “laranja” à presidência. A verdadeira candidata do PSOL,
não oficialmente, é Marina Silva.
O PSTU é um coadjuvante de esquerda do
PSOL. Finge desaprovar o financiamento de empresas a este, mas continua
coligado a ele. O seu programa é tão reformista sem reformas quanto o do PSOL.
Capitula ao governismo através de uma política de unidade permanente com a CUT.
Avaliza as agressões imperialistas na Líbia, Síria e Ucrânia. A roupagem
“marxista” encobre sua política de ala esquerda da burguesia. O PCO é um
pequeno grupo eleitoreiro e conciliador. O PCB tenta reciclar o velho
estalinismo, mas, apesar da nova roupagem, não abandonou o tradicional vício da
conciliação de classes.
Luta Marxista considera que o
capitalismo não pode ser reformado. A nossa luta por melhores condições de vida
não é um fim em si mesmo, mas um meio de conscientizar as massas para a luta
pelo socialismo. Por mais viciadas que sejam as eleições, queiramos ou não, as
mesmas atraem a atenção das massas proletárias e colocam em pauta as questões
fundamentais da sociedade. Não podemos ignorá-las. Devemos aproveitá-las para
fazer propaganda do nosso programa, denunciar o governo, os partidos burgueses,
os reformistas sem reformas e o capitalismo.
A nossa campanha pelo voto nulo consciente não significa
passividade, mas uma forma de conscientização de que não existe alternativa
dentro do capitalismo. O maior inimigo dos assalariados são as suas ilusões.
Votar nulo significa não alimentar ilusões nos partidos patronais ou
conciliadores, ou na reforma do capitalismo. Reconhecemos que não existe
alternativa no presente, então plantamos a semente para germinar no futuro. Se
a emancipação social não está na ordem do dia, começamos a criar essas
condições: uma ampla organização de base dos trabalhadores, sindicados
independentes dos patrões e burocratas, comissões de fábrica e empresa, autodefesa,
e a criação de um partido revolucionário. Esse caminho pode ser longo, mas os
atalhos não o encurta. Não existem soluções mágicas. Cremos na luta do
proletariado, na sua organização e consciência.
VOTE NULO CONSCIENTE!
PELA INDEPENDÊNCIA DE
CLASSE!
CONTRA OS PARTIDOS
BURGUESES E OS BUROCRATAS!
PELA ORGANIZAÇÃO DE BASE E
A AUTODEFESA!
PELO SOCIALISMO!